O que escrever?
Esses dias eu me peguei pensando sobre “o que escrever?”
A minha clara observação é que essa resposta é um grande infinito, pois é possível escrever sobre tudo e sobre nada.
E, ao invés de me deter sobre um tema, um breve pensamento ou, até mesmo, um certo evento… Eu simplesmente me debrucei a pensar sobre o que eu estava pensando, e isso era “sobre o que escrever?”
A minha ação, o meu verbo, o meu desejo estava claro “escrever”. Se se podia ser sobre tudo ou sobre nada, então, não se tratava “sobre o que”, mas sim o “o que”.
O que? Escrever.
Mas, então, por quê? Porque… porque…
“Por que?” é uma pergunta muito melhor do que “sobre o que?”, percebe isso?
Eu escrevo para não ser sobrescrita por esse frenesim de pensamentos. Eu escrevo porque escrever é muito mais devagar do que o pensar. Escrever me faz ir no ritmo da anotação. E isso me resgata da minha exagerada aceleração interna, para a minha desejada ação externa: “escrever”.
Eu posso sustentar qualquer “sobre o que” desde que eu tenha o verbo que suporte o tema, o dilema, o poema e o pensamento…
Continua…